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O “NOVO NORMAL” PARA AS EMPRESAS
Tendências para uma nova ordem

A pandemia de Covid-19 é uma situação com a qual ninguém estava preparado para lidar, e seus impactos na vida pessoal e profissional aumentam a cada dia e a cada novidade que se descobre sobre o vírus – que permanece descontrolado. Além de causar um colapso na saúde, essa crise fez acelerar uma desordem social e organizacional, que colocou em xeque um sistema que sempre valorizou a competitividade, a agressividade e o lucro e que entrou em colapso ou mesmo extinção. Os números do mercado indicam sinais de retomada no setor da produção industrial, vendas no varejo e consumo de energia, mas ainda não está claro quanto tempo as economias levarão para atingir o nível em que estavam antes da pandemia, se voltarão aos mesmos níveis e quais os prejuízos dessa demora. O momento pede repensar as filosofias que orientam o cotidiano e as políticas da organização e desenhar as tendências para uma nova ordem. Prepare as lideranças Embora os líderes também tenham seus medos e angústias mediante à pandemia, é em meio à crise que eles são preparados para guiar suas equipes no “novo normal” que está se formando. Essa nova ordem demanda a participação colaborativa na resolução de velhos problemas, e Recursos Humanos tem um papel fundamental em estimular essa forma de trabalho. Para muitos líderes, ouvir pontos de vista diferentes – principalmente de seus colaboradores, sua equipe – pode ser uma dificuldade, mas é uma habilidade que precisa cada vez mais ser desenvolvida e aplicada. Não há como pensar em um mundo complexo, respostas e certezas de quem quer que seja. Complexidade pede diferentes visões, diferentes perspectivas, participação de todos independentemente de níveis, muito diálogo e muita escuta. Habilidades absolutamente novas para um novo mundo. Invista na comunicação e nas pessoas Nesse momento, em que a maior parte das pessoas teme pelo desemprego – que já eliminou mais de 7 milhões de postos de trabalho no Brasil desde o início da pandemia – os colaboradores precisam sentir segurança por parte da organização. Portanto, é fundamental ter uma comunicação transparente e um canal de diálogo aberto, que traduza a preocupação e o cuidado da empresa com seu ativo mais valioso: as pessoas. A nova ordem pede uma relação de maior proximidade com aqueles que hoje estão encarando muitos desafios para ajudar a organização a superar a crise. Nesse sentido, uma comunicação menos mecânica e mais humana se fará necessária, pois cada um dos colaboradores – independentemente do nível que ocupa – terá sido um elo fundamental para enfrentar um momento em que todos compartilharam das mesmas sensações: medo do desconhecido, da saúde e do desemprego. Flexibilize o modelo de trabalho Com a chegada da pandemia de Covid-19, colaboradores de cargos administrativos passaram a trabalhar, imediatamente, no modelo home office. Embora a maior parte das empresas não estivesse preparada e nunca tenha operado desta forma, os resultados de produtividade têm se mostrado positivos. Além disso, uma pesquisa desenvolvida pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, indicou que 70% dos brasileiros que estão trabalhando remotamente gostariam de continuar nesse modelo mesmo ao final da crise, enquanto 19% querem voltar ao presencial e 11% foram indiferentes. Esse índice é um alerta para que as organizações repensem seus modelos de trabalho. Mas, para que a flexibilização seja sustentável e os colaboradores não percam o limite entre o que é trabalho e o que é vida pessoal, as empresas precisarão ajudá-los nessa nova rotina, o que pode incluir a criação de políticas específicas. Valorize as relações pessoais Quando se fala em “novo normal” já se infere que ao final da pandemia uma nova sociedade será formada, e as relações interpessoais não serão mais as mesmas. Isso se aplica também para o cenário corporativo. Assim, as organizações que vão retomar as atividades presenciais precisam fazê-lo de forma saudável e segura para todos. Infelizmente, não há um modelo único de retorno que possa ser aplicado a todas as empresas. Nesse sentido é preciso inovar – e até contar com a criatividade dos colaboradores – para estabelecer uma nova rotina de trabalho que seja segura, mas que não perca uma das principais características dos escritórios brasileiros: a criação de elos e relações interpessoais que se estendem para fora do ambiente corporativo.
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