O papo rápido de hoje é sobre Design Thinking, uma disciplina atual, que vem propondo adotarmos novas lentes para velhos modelos existentes. Ela propõe um novo jeito de pensar e abordar as questões e os problemas que vivemos. Foi nessa linha que fui buscar entender mais, lendo e experimentando. Posso garantir que um novo modelo mental surgiu para mim.
Relacionar Design Thinking com Coaching, apesar de tão diferentes, seus propósitos e conceitos tem tudo a ver. Ao aprofundarmos, chegamos até a pensar que é difícil imaginar que sejam coisas distintas.
Design Thinking trata do humano, convida as pessoas para um processo mais empático, valoriza e estimula os insights, nos convida a ver o mundo através dos olhos dos outros, experimentar as experiências alheias, permite o erro e o lúdico, sermos otimistas, mais colaborativos e curiosos, num mundo cada dia mais volátil, incerto, complexo e ambíguo. Os especialistas vão mais longe, dizem que sem essa disciplina e sem pessoas com essas características não estaremos preparados para solucionar os problemas e viver o futuro.
Coaching, nas palavras de Tim Galwey, “é uma relação de parceria que revela, liberta o potencial das pessoas de modo a maximizar o desempenho delas. É ajuda-las a aprender ao invés de ensinar algo a elas.” Também gosto das palavras do Kofman quando diz: “consciência é a capacidade de vivenciar a realidade, de estar atento ao nosso mundo exterior e interior. Permite que nos adaptemos ao ambiente e ajamos para promover nossas vidas. Diferentemente das plantas e dos animais, somos capazes de pensar e agir para além dos nossos impulsos e condicionamentos instintivos. Embora a autonomia seja possível, ela não nos é dada. É preciso desenvolvê-la por meio de escolhas conscientes.”
Agir além dos impulsos!
O velho modelo somente é capaz de mudanças incrementais, não nos leva para “fora da caixa” ou para um caminho disruptivo, o que costumamos dizer, fazer mais do mesmo. Precisamos de ajuda, de ferramentas que nos possibilite o aprendizado de um novo modelo mental. Um modelo que nos desafie e nos permita ir além.
O desafio de um Coach é ajudar as pessoas a se movimentar por talentos, desafios e necessidades que podem e não sabem que tem. Na minha experiência, tenho me permitido a trazer para a relação, ferramentas (cinco por quês, um dia na vida do outro, personas, diagrama de afinidades, jornada do usuário, matriz CSD, mapa de empatia, entre outras) cujos resultados tem sido poderosos e muito efetivos.
É proporcionar no processo de Coaching a dança entre os temperamentos e estilos diferentes do pensamento convergente e do divergente, seguindo o ritmo da música. Primeiro divergir para surgir novas opções e alternativas para depois convergir e só então decidir entre as muitas alternativas levantadas.
Design Thinking e Coaching é um movimento contínuo entre processos divergentes e convergentes, entre o analítico e o sintético, entre o intuitivo e inspiracional e o racional e decisório. É o movimento e a harmonia (caórdica) da pessoa num mundo cada dia mais complexo.
Para mim, Design Thinking e Coaching tem tudo a ver!
Sugestão de Leitura:
BROWN, Tim. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Elsevier: Rio de Janeiro. 2010.
PINHEIRO, Tennyson e Alt, Luis. Design Thinking Brasil: empatia, colaboração e experimentação para pessoas, negócios e sociedade. Rio de Janeiro: Elsevier. 2011.
Parabéns pelo artigo, Marco. Conseguiu despertar minha curiosidade. Vou me aprofundar neste tema.